sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Tua Flor

Tua flor aos meus lábios convidam,
Umedecida por saliva se contrai...
O contato que tanto nos excita,
Do alto ouço-te a voz desejosa: 'Vai...'

Passeio por entre as pétalas,
Por onde a ponta da língua consiga,
Carinhosamente, se agita...
Tua flor, agora tão minha, que a diga...

Um banho em minha face,
Assim me agradece,
E eu, com sorriso cativante,
Radiante por tê-la estremecido as pernas,
Semi-serro o senho e espero que peças...
...Mais uma dessas, vai!

Fé?! Sei...

A fé, que não seja em si, te engana,
Com esta fé fazes o "impossível",
Mas orgulha-se por outro.

Esta fé abastece a impotência,
Já a descrença... Instiga a sapiência.
A busca, o sofismo.

Dessa fé nasceram as explicações estapafúrdias,
Da incredulidade nasceram as repostas coerentes.

E se tu sofres alguma aflição doentia,
Que o deprime e o consterna,
Anime-se, pois a solução para tua dor não existe.
Tua dor o complementa.

Some-a aos teus conceitos,
Some-a aos teus defeitos,
Some-a à tua experiência de vida,
Então descobrirás...

Que acreditar cegamente, no que não tem explicação,
É a forma mais imbecil de não aprender nada sobre si.

Você chorou, sofreu, se desiludiu...
Fato é, estás vivo, e estas são as ocorrências da vida.
O mundo acabou para ti e precisas apegar-se a algo para continuar?
Você não se basta para reerguer-se?

Dou-lhe duas opções.
Permita-se a manipulação de uma massa preguiçosa,
E aguarde o paraíso.
Ou, seja coerente consigo, busque somar suas experiências,
Com o intuito de ser alguém melhor.
Analise teus atos, suas verdades, suas mentiras,
Seus enganos, suas certezas.
Deixe que sua vida o leve para quem tu és.
Assuma o quão pequena e tacanha é sua mente afim de evoluir.

domingo, 18 de novembro de 2012

Limite

Ah! Se todos fossem sinceros com suas próprias mazelas,
Teus próprios desvios de caráter,
Com seus sinceros sentimentos egoístas,
O mundo seria mais pleno,
Talvez as guerras fossem mais constantes e mais diretas,
"Quero seu petróleo não necessariamente te ajudar."
A contrapartida com certeza não cederia tanto poder.

Aprenderíamos a matar quem nos irrita, não só mentalmente,
Ao invés de sorrir amareladamente quando este nos cumprimenta.
Que prazer não seria? Imagine, livrar o mundo de seres apáticos.

E quando no meio das pernas de sua amante,
Fazê-la estremecer de prazer, pensar...
Querias dar-lhe prazer? Ou estavas em busca do teu próprio?
Situações e situações...
Dependendo de com quem estiveres, haveria, sim, sinceridade no ato.

Quando enfim olhar em teus olhos e descobrir que quero tua felicidade,
Pensar muito se tua felicidade acompanha a minha,
Se os motivos que a fazem sorrir sãos os mesmos que os meus,
Se terei de me desdobrar, aprender a gostar do que não gosto,
Se terei de morrer um pouco ou não...
E acredite se eu perceber que não serei eu mesmo,
Mesmo que por pequenas frações do dia,
Não a tomarei para mim...
Por que até o amor tem limite.