domingo, 18 de novembro de 2012

Limite

Ah! Se todos fossem sinceros com suas próprias mazelas,
Teus próprios desvios de caráter,
Com seus sinceros sentimentos egoístas,
O mundo seria mais pleno,
Talvez as guerras fossem mais constantes e mais diretas,
"Quero seu petróleo não necessariamente te ajudar."
A contrapartida com certeza não cederia tanto poder.

Aprenderíamos a matar quem nos irrita, não só mentalmente,
Ao invés de sorrir amareladamente quando este nos cumprimenta.
Que prazer não seria? Imagine, livrar o mundo de seres apáticos.

E quando no meio das pernas de sua amante,
Fazê-la estremecer de prazer, pensar...
Querias dar-lhe prazer? Ou estavas em busca do teu próprio?
Situações e situações...
Dependendo de com quem estiveres, haveria, sim, sinceridade no ato.

Quando enfim olhar em teus olhos e descobrir que quero tua felicidade,
Pensar muito se tua felicidade acompanha a minha,
Se os motivos que a fazem sorrir sãos os mesmos que os meus,
Se terei de me desdobrar, aprender a gostar do que não gosto,
Se terei de morrer um pouco ou não...
E acredite se eu perceber que não serei eu mesmo,
Mesmo que por pequenas frações do dia,
Não a tomarei para mim...
Por que até o amor tem limite.

Um comentário:

  1. Fazia tempo que eu não lia nada tão intenso e provocador... lembrei de Nietzsche, das nossas verdades mais íntimas não ditas.

    Acho que já disse isso em algum momento, mas eu gostaria muito de ter a oportunidade de um dia conviver com alguém tão primitivamente verdadeiro. Eu mesma não sou assim. E muitas vezes sinto um corroer no mais profundo íntimo do meu ser. Quero ainda nesta vida sentir o
    arrebatamento de conhecer alguém assim, tão intimamente verdadeiro e tão socialmente irreal.

    Sinto um certo prazer em ler suas "declarações". Porque se vc escreveu, bem lá no seu íntimo ao menos, também compartilha comigo esta angústia.

    É forte, é poético e é encantador pela verdade muitas, muitas vezes silenciada.

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